quarta-feira, 4 de abril de 2012

Meus caros leitores, começo hoje uma tarefa muito difícil para mim: falar do meu diagnóstico. Tudo começou no dia 30 de Maio de 2011, estava em casa, havia recebido folga do trabalho e estava um dia quente, como quaisquer outros aqui no Rio de Janeiro. Devia fazer uns 42 graus, sei la, mas estava quente o suficiente para me deixar impaciente. Bem, antes deixe me apresentar: Me chamo Lukas, tenho 29 anos, sou natural do Estado de Minas Gerais, mas vivo aqui no Rio ha cerca de 02 anos. Decidi fazer as malas e me mudar (sozinho) para uma cidade grande, em nome do sonho de viver em uma megalópole. Eu acreditava que aqui as coisas seriam muito mais fáceis. Que eu teria água de côco e coqueiros para me refrescar, corpos sarados, sob qualquer suspeita, zero de gordura e muito, muito verde.... Bom, o verde e a água de côco até que encontrei (na zona sul), e alguns muitos corpos sarados também, afinal estou no rio de janeiro não é mesmo? mas o que eu não sabia mesmo é que a vida numa megalópole é mega difícil, cruel e as vezes, injusta. Sofri muito para me adaptar aqui, sofria o preconceito profissional das pessoas que me olhavam torto e me acusavam de roubar delas as oportunidades de trabalho. Preconceito racial (acreditem se quiserem - sofri preconceito racial no rj). Mas enfim, vamos ao que interessa, como dizia estava eu sem ter o que fazer, e como todo sagitariano, não sei ficar parado, sem ter com o que me ocupar, tomei um banho e coloquei um shorts e camiseta regata, um tênis e fui caminhar na orla de um bairro da zona sul de minha cidade. À caminho da praia passei em frente ao hemocentro. Lá, havia um cartaz em letreiro azul convidando as pessoas a doarem sangue, pois o estoque estava baixo. Eu, doador há anos, desde 2003, quando servi o exército, resolvi fazer a "boa ação do dia". pensei: não tenho mesmo o que fazer, deixa eu doar meu sangue pra quem precisa. Eu ria sozinho de mim mesmo, pela banalidade momentânea do meu desvio de rota. saí para caminhar e já ia eu inventar moda (como dizem em Minas - quando não se tem o que fazer ). Mas eu nem imaginava que, começava ali, naquele 30 de Maio, o maior desafio da minha vida. Tudo mudaria, embora eu nem desconfiasse disso. Bem, eu doei meu sangue, fui muito bem tratado (como sempre - as equipes dos hemocentros são muito legais) e voltei pra casa naquele dia, não sei porque mas perdi a vontade de caminhar.  

CONTINUA...

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